Perguntas frequentes sobre esse ensaio clínico, participação e demência frontotemporal (DFT)

Principais informações do ensaio clínico upliFT-D

  • Nome: upliFT-D
  • Tratamento: PBFT02
  • Objetivo: Estudar a eficácia e a segurança de uma nova terapia gênica (PBFT02) em pessoas com DFT causada por mutação em GRN
  • Idades elegíveis: 35 a 75 anos

Ensaios clínicos

Ensaios clínicos são estudos de pesquisa em que os médicos verificam se um tratamento potencial é seguro e eficaz em pessoas.

Todos os tratamentos prescritos disponíveis para você atualmente foram estudados em ensaios clínicos antes de serem aprovados.

  • Ensaios clínicos estudam novos tratamentos potenciais
  • A participação em ensaios clínicos é voluntária
  • A participação, ao fazer avançar a pesquisa, pode ajudar outras pessoas com a doença
  • As pessoas com uma doença participam para ajudar outras pessoas, mas também para possivelmente receber o tratamento mais recente e obter cuidados e atenção à saúde adicionais (ou extras) da equipe do estudo clínico
  • Os ensaios clínicos oferecem esperança para muitas pessoas e uma chance de ajudar os pesquisadores a encontrar melhores tratamentos para outras pessoas no futuro

Ensaio clínico upliFT-D

Para o estudo upliFT-D, há clínicas do ensaio em todo o mundo. Se você se qualificar para o ensaio, a Passage Bio o(a) apoiará em sua viagem para que você possa participar. Você não precisa morar perto de uma clínica do estudo para participar.

Os participantes e seus cuidadores não podem escolher a coorte em que participarão. Isso ajuda os cientistas a evitar qualquer possível viés ou desequilíbrio, garantindo que cada grupo seja tratado de maneira semelhante, excluindo-se as diferenças delineadas no desenho do estudo.

Os ensaios clínicos geralmente têm 3 fases. A fase 1 testa a segurança e ajuda a determinar a dose ideal. A fase 2 testa a eficácia e a segurança. A fase 3 testa a eficácia e a segurança em grupos maiores de pacientes.

No caso de doenças raras, como a DFT-GRN, em que há um pequeno número de pacientes e opções de tratamento limitadas, os pesquisadores geralmente combinam as fases para responder a mais perguntas em um grupo menor de pacientes. É por isso que o upliFT-D é um ensaio clínico de fase 1/2.

A decisão de participar de um ensaio clínico é muito pessoal e deve ser baseada em suas experiências individuais e discutida com seu médico. Você pode contatar a Passage Bio para encaminhar suas dúvidas sobre o ensaio clínico.

Demência frontotemporal

DFT é um transtorno que afeta os lobos frontais e temporais do cérebro, áreas que controlam a personalidade, o comportamento e a linguagem. Embora seja muitas vezes diagnosticada erroneamente como distúrbios mais comuns, como a doença de Alzheimer, a DFT ocorre com mais frequência em pessoas em faixas etárias menos avançadas (40 a 65 anos) do que o Alzheimer.

A DFT se apresenta como uma síndrome clínica que piora rapidamente. A alterações da personalidade e da conduta social ocorrem nos estágios iniciais da doença e podem incluir:

  • Perda de inibição social
  • Apatia
  • Retraimento social
  • Hiperoralidade (hábito de levar objetos à boca)
  • Comportamentos ritualísticos compulsivos

Os sintomas são gravemente incapacitantes e podem levar a um diagnóstico errôneo como um problema psicológico ou emocional, ou, em idosos, ser confundido com retraimento ou excentricidade.

A DFT pode evoluir para imobilidade e perda da fala e expressão. A média de sobrevida é de 8 anos após o início da deterioração neurocognitiva.

Não existem tratamentos modificadores da doença aprovados para DFT. A Passage Bio está investigando a PBFT02, uma nova terapia gênica para DFT-GRN.

A causa da DFT é desconhecida. No entanto, os cientistas identificaram que é uma doença altamente hereditária. Isso quer dizer que é provável que a genética, ou o histórico familiar, determine o desenvolvimento da doença. Até 40% de todas as pessoas com DFT têm histórico familiar de demência.

Os genes são segmentos de material genético que contêm códigos. Esses códigos instruem as células de nossos corpos sobre como devem funcionar. Uma alteração no código genético de um gene é chamada de mutação e pode afetar o modo como as células fazem o seu trabalho.

A maioria das pessoas com DFT com uma causa genética conhecida tem mutações em 3 genes:

  • GRN (também chamado de gene da progranulina)
  • MAPT
  • C9orf72

Essas mutações são autossômicas dominantes. Isso significa que uma pessoa que receba um gene mutado de pelo menos um dos pais pode ter a doença. Além disso, é provável que um dos pais tenha a doença.

O gene GRN informa às células como produzir a proteína progranulina (PGRN). As pessoas que têm DFT causada por mutação no gene GRN (DFT-GRN) têm a chamada mutação de “perda de função”. Essa mutação faz com que as células parem de produzir PGRN, resultando em neurodegeneração.

A PGRN desempenha um papel importante na regulação do crescimento, sobrevivência e reparação celular e na inflamação do sistema nervoso central. Os cientistas não sabem exatamente como a falta de PGRN causa neurodegeneração. No entanto, as pessoas com DFT-GRN têm níveis de proteína PGRN 30% a 50% mais baixos do que as pessoas sem a mutação.

Se você tem DFT, é importante fazer testes genéticos. Os testes genéticos podem ajudar você e seu médico a:

  • Determinar se a DFT foi causada por uma mutação
  • Entender melhor os seus sintomas ou a evolução da doença
  • Identificar ensaios clínicos para os quais você pode ser elegível

Esse ensaio clínico, upliFT-D, foi concebido para pessoas com DFT causada por mutação em GRN (DFT-GRN) se você foi diagnosticado(a) com DFT e está interessado(a) em fazer testes genéticos, pode haver recursos para ajudá-lo(a).

Caso não saiba qual é a sua mutação ou a do seu ente querido, existem recursos disponíveis para testes gratuitos. Pergunte ao seu médico sobre suas opções de teste.

Para saber mais, baixe nosso folheto sobre DFT

Terapia gênica

Terapia gênica é um tipo de tratamento em que os médicos introduzem um novo gene funcional no corpo para substituir um gene que não está funcionando. O corpo lê o novo gene e produz uma proteína para ajudar a corrigir uma doença.

A terapia gênica começa com um gene saudável que pode substituir um gene defeituoso (chamado de gene mutado).

A terapia gênica para DFT introduz um gene saudável que pode instruir o corpo a produzir progranulina.

Os médicos então introduzem esse gene no corpo.

As células leem o novo gene e produzem progranulina.